Promessas para 2012: manter esse blog mais ativo. Prometo postar pelo menos um texto por semana.
2012 começou com muita chuva em Minas Gerais e também muito teatro com a 38ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Estarei em cartaz como ator no espetáculo Conversa Séria de Calcinha e Soutien, dirigida por João Valadares. De quinta à domingo na Sala João Ceschiatti no Palácio das Artes.
Para mim é uma experiência nova. Nunca havia trabalhado com máscara antes e devo confessar que esse trabalho de máscaras veio a luz quase que a base de fórceps dado o tempo exíguo que tivemos para remontar o espetáculo.
Sim remontar. O espetáculo havia estreado ano passado com outro elenco. Do escrete original só sobrou Fábio Schimitd.
Outra novidade é o figurino primário: os atores de cuecas e as atrizes de calcinha e soutien.
Devo confessar que me apresentar seminu e com a barriguinha de fora me deixou, em princípio, meio encabulado. Mas são ossos do ofício. Que bom que pelo menos peguei uma cor no reveillon da Bahia (lá não estava chovendo).
O texto de João Valadares e Anderson Feliciano é livremente inspirado no clássico Entre Quatro Paredes de Sartre.
Uma vergonha esse auto-aumento promovido pelos vereadores de Belo Horizonte. Uma vergonha isso que se transformou o nosso legislativo municipal: uma reunião de nulidades políticas que se beneficiam de nossa falta de organização e de controle.
2012 também é ano de eleições municipais. Precisamos dar um basta nessa gente. O melhor a fazer é não reeleger ninguém.
E como o texto original de Sartre se passa no inferno, em nosso inferno (estou falando do espetáculo Conversa Séria de Calcinha e Soutien) os nossos ilustres vereadores nos fazem companhia. Pena que apenas em forma de piada.
Também estaremos em cartaz com os espetáculos Cuidado:Frágil!, também na Sala João Ceschiatti, de segunda à quarta.
Já o Auto da Compadecida se apresentará no dia 27 de janeiro no Sesc Palladium e no dia 31 no Grande Teatro do Palácio das Artes.
Conversando ontem com o ator Leonardo Horta (que estará em cartaz na Campanha ao lado de João Valadares com o espetáculo Palhaços) me surgiu a ideia de iniciar nesse blog um debate sobre o tema teatro e diversão. Sim, ontem após a sessão de Calcinha e Soutien ouvimos alguém dizer que "se quisesse pensar ficaria em casa". Ok. Os críticos da Campanha (e são muitos) dirão que a Campanha acostumou o público da cidade a assistir comédias leves e sem profundidade. Tudo bem. Não sei se tais teses são válidas, pois tendem a considerar o público como um imenso gado incapaz de escolher por si próprio o que assistir e a quantidade de espetáculos Cult presentes na campanha desmentem um pouco essa história, mas fico pensando se o teatro também não teria desde sempre uma relação com a diversão, com o entretenimento. Fica a ideia para o debate. Se os leitores desse blog quiserem se manifestar...